sexta-feira, 25 de abril de 2008

Sére Cartas: Contrasensos Urbanos

Enquanto São Paulo, bem como o Rio de Janeiro, vivem o auge de uma crise dos transportes, a indústria automobilística brasileira vive o auge de seu sucesso produtivo-econômico. Se o primeiro trimestre deste ano de 2008 foi o mais lucrativo para as indústrias de automóveis aqui etabelecidas, com produção recorde de mais de 300 mil veículos, o dia-a-dia do trânsito nas maiores cidades brasileiras tem se mostrado absolutamente tenebroso. Se por um lado GM, Fiat, VW, Ford e Pegeut-Citroen obtem lucros estratosféricos, o prejuízo gerado pelos engarrafamentos são da ordem de dezenas bilhões de reais por ano. Esse é certamente um dos maiores contrasensos que a nossa sociedade pode suportar. Acredito que a única e definitiva solução para este gigantesco problema não será nem o rodízio duplo, nem o pedágio. Acredito que somente quando substituirmos a força produtiva do transporte individual para os verdadeiros transportes públicos, como trens e metrôs (e nada de ônibus), teremos uma sociedade viável.

Rio de Janeiro, 7 de Abril de 2008

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